quinta-feira, 28 de junho de 2012

Independência ou Morte?



Fotos por Inara Dumbra

“Uma coisa que eu não entendo é a produção independente. Independente de quê? De quem?”, pergunta Jeff Telles segurando um microfone no auditório da Unilago.

Ontem, quatro produtores de cinema se encontraram para discutir as novas perspectivas sobre o audiovisual na região. É claro que cada integrante tem a sua peculiaridade (professor universitário, músico, descrente de uma indústria independente ou viajante experiente do audiovisual), mas Hunfrey Borges, Juliano Parreira, Jeff Telles e Marcio Jocovani tem uma coisa em comum: prezam pelo incentivo da produção audiovisual - comercial ou não.


“Aqui nas escolas, o vídeo é trancado a cadeados, é essa a nossa realidade”, contestou Jocovani quanto ao esforço e incentivo real da educação ao audiovisual, que se restringe a vislumbrar as grandes produções. “A gente tinha esse mesmo papo na música. Cenário pós-dominação de outro país”, exemplificou Sergio, de uma cena que foi ocupando espaço, investindo em seus artistas, incentivando a produção, batalhando o público e que tem se fortalecido cada dia mais no Brasil.

E com as possibilidades que os avanços tecnológicos democratizam, é preciso usar a criatividade para manter os produtores incentivados a produzir e tentar estimular o público nessa formação. “Não tem o ‘Quanto Vale o Show?’”, questiona Juliano sobre o projeto do Fora do Eixo em que o público avalia o show e dá uma doação de acordo com o que achou do show. “E por que não criar o ‘Quanto Vale o Filme?’ O que são 2 reais pra um filme que te tocou? Você tá saindo diferente daquela sala...”.

A primeira edição da SEDA Rio Preto começou ontem e segue com a sua programação até sábado, contando com mesas, debates, sessões, música e oficinas. Confira mais no site do Timbre Coletivo.